Jorge Bispo/ Divulgação
Depois de apresentar composições do primeiro disco solo, Tempo de Menino em 90 minutos de show para cerca de 300 pessoas no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, no último domingo (22), o cantor e compositor carioca Pedro Luís falou ao E+ como foi o processo do registro desse trabalho que além de revelar sua intimidade é um marco em sua carreira até então construída com os projetos Pedro Luís e a Parede (PLAP) e Monobloco.
Como foi o processo de produção e gravação do disco?
Foi tranquila e criativa. Foram 15 meses entre o começo das gravações e a masterização em Abbey Road. O Ministério, dupla de produtores composta por Rodrigo Campello e Junior Tostói, foi fundamental na percepção de como juntar canções tão diversas num mesmo universo sonoro.
Qual a principal diferença que esse trabalho tem dos outros que já gravou?
Em primeiro lugar todos os riscos estavam na minha conta. Foi uma viagem solitária, o que há muito tempo eu não experimentava. Também não teve foco na percussão que é uma das características marcantes de meus trabalhos coletivos, tanto com a PLAP como o Monobloco. Em Tempo de Menino ela aparece apenas como detalhe. Há também uma incursão por um universo de canções que não cabem nos meus outros projetos e que como cantor me interessa interpretar.
Quais foram as inspirações para a composição das canções?
São diversas as inspirações, mas todas as percepções de um cotidiano contemporâneo, sejam elas do ponto de vista romântico ou sob a ótica da crônica urbana. Há também canções que foram gravadas por outros intérpretes e que eu gostaria de cantar, como a canção Tá (Pedro Luís, Roberta Sá e Carlos Rennó) que já havia sido gravada pela Mariana Aydar, e Os Beijos(Pedro Luís e Ivan Santos), que a Elba Ramalho gravou é outro exemplo.
Se pudesse escolher um conceito, uma ideia principal da mensagem do disco, qual seria ela?
Acho que o conceito principal foi mostrar um panorama de canções que revelassem a velocidade de contemplação de nosso tempo de criança, com o qual perdemos contato na aceleração dos dias atuais.
PLAP e o Monobloco. Como ficarão?
PLAP está de recesso enquanto a turnê Tempo de Menino durar. Monobloco continua em plena atividade e sempre que não há shows de Tempo de Menino eu estou lá, naquela locomotiva de alegria abastecedora!
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