sábado, 16 de junho de 2012

E a música venceu: mesmo com chuva e frio, 3 mil pessoas lotaram a primeira noite do BMW Jazz Festival


Foto: Divulgação

O cenário não era dos mais convidativos: frio de 11 graus, chuva o dia inteiro e um dos dias de um feriado prolongado. Mas nada disso foi o suficiente para desanimar cerca de 3 mil pessoas que compareceram nesta  sexta-feira (08) na Via Funchal para o BMW Jazz Festival.
Gorros, cachecóis, boinas e blazers figuraram e ajudaram a compor o ambiente e estilo do lugar que misturou jovens e senhores em um mesmo amor: a música instrumental.
José Rubens, 60, engenheiro, foi um dos fãs que ocupou a casa e que veio assistir a grande atração da noite: Chick Corea. O casal Eduardo Pinho, 28, analista de sistemas e Carina Laser, 25, professora, aguardaram ansiosos até o primeiro acorde de Ambrose Akinmusire que deu início a noite de apresentações, às 20h45. Na sequência subirão ao palco Toninho Ferragutti e Bebê Kramer com suas sanfonas brasileiras e o aclamado e mais esperado da noite Chick Corea que tocará ao lado dos parceiros Lenny White e Stanley Clarke.
Como já era de se esperar, o festival reuniu não só apreciadores de jazz. Muitos músicos vieram para conferir de perto o talento e habilidade de seus ídolos. Esse foi o caso de Gustavo Scaranelo, 31. Ao lado de amigos que vieram de Campinas, o músico veio prestar seu apoio ao estilo que de acordo com ele é pouco estabelecido no Brasil. “Aqui no País falta educação musical. Não é à toa que as pessoas são impacientes com música instrumental. O mercado fonográfico produz música pop com a única intenção de vender e esquece-se da música como arte, música para se ouvir. Acredito que há espaço para todo tipo de música, mas essa divulgação devia ser mais democrática”, disse.
Com opinião diferente, a família Sciessere acredita que o jazz e a música instrumental no País já têm espaço ganho e estabelecido. “Não acredito que o jazz seja elitizado como alguns dizem. Ele em sua origem nasceu popular e continua. O que acontece é o interesse das pessoas que difere na hora de escutar música, de consumir o produto. O que acontece é temos uma cultura forte e rica, com o samba e bossa-nova e isso gera mais identificação com a população do que propriamente o jazz que é americano”, afirmou Fernanda, segunda geração fã de jazz que acompanhou os pais no festival.
E foi esse mix de idades e opiniões que figurou na primeira noite do festival que acontece também no sábado e domingo, incluindo uma apresentação gratuita à tarde no Ibirapuera no último dia de apresentações paulistas. Após, o BMW Jazz Festival segue para o Rio de janeiro.
Acompanhe os shows ao vivo e a cobertura completa pelo E+.


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