sábado, 16 de junho de 2012

Fãs de funk ocupam os 3 mil lugares da Via Funchal na segunda noite do BMW Jazz Festival


Foto: Divulgação
Diferente da noite anterior que reuniu fãs do jazz e admiradores do pianista Chick Corea, a segunda noite do BMW Jazz Festival, neste sábado (09), juntou admiradores de todas as idades da funk music, estilo sempre lembrado e associado ao cantor James Brown. E é por essa associação ao “rei do funk” que muitos fãs vieram ao festival para conferir de perto o trabalho de Maceo Parker, músico que por anos tocou ao lado do cantor na lendária banda The JB’s.
Odair Antônio, 32, analista de suporte e músico nas horas vagas afirma que o funk é um estilo que tem no DNA uma estrutura similar à da música brasileira. “Pela origem, pelo swing e pelo uso dos metais, vejo o funk e MPB como irmãos, parentes próximos. Uma pena que o nosso funk não tem nada ver a ver com o funk americano. Apesar disso, temos artistas como Seu Jorge, Black Rio, Tim Maia e Tony Tornado que possuem músicas de extrema qualidade, misturando a influência tão rica do funk. A música pode ser pop, mas precisa ser boa. Um bom exemplo é o disco Música Para Churrasco do Seu Jorge que é comercial, mas tem muita qualidade e arte”, disse.
Com o mesmo gosto pelo estilo, mas com ídolo diferente, o barman Rodman Paixão, 49, veio ao festival para assistir Trombone Shorty & Orleans Avenue. “Conheci o trabalho do Trombone (foto) por ser muito fã de Lenny Kravitz e ele ser padrinho musical do saxofonista. Adoro jazz e funk e o festival é uma oportunidade única de ver de perto essas feras musicais”, afirmou.
Casimiro Paschoal, 53, técnico de redes e saxofonista, veio ouvir e aprender com um dos seus maiores ídolos e influências no seu instrumento, Maceo Parker, o preferido da noite. “Sou um privilegiado de ter nascido em uma época em que pude acompanhar a bossa nova e a black music dos anos 70, em particular o funk. Acho que o estilo tem a cara do Brasil pela identificação cultural, pela origem humilde. O jazz aqui é tido como música de elite, mas o funk consegue abranger todas as classes sociais, sem distinção”, disse.
Os advogados Guilherme Herzog, 23, e Flavio Dias, 61, não vieram assistir nenhum artista específico e sim, conhecer mais sobre o estilo. Animados com o festival que de acordo com eles, traz música boa para a cidade, se sentaram ao lado de três mil pessoas para aplaudir às 20h51 o grupo The Clayton Brothers Quintet deu início a noite de apresentações. Além do quinteto, a segunda noite do BMW Jazz Festival traz ao palco Trombone Shorty & Orleans Avenue e Mace Parker com os convidados Fred Wesley & Pee Wee Ellis.

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