Foto: Divulgação
Encarregados do segundo show da noite na abertura do BMW Jazz Festival que aconteceu nesta sexta-feira (08), Toninho Ferragutti e Bebê Kramer eram só sorrisos de empolgação e ansiedade para mostrar ao público que brasileiro também sabe fazer jazz.
Minutos antes de subirem ao palco da Via Funchal, os músicos falaram ao E+ sobre a participação no festival e sobre seus instrumentos: as sanfonas. "Trazer a sanfona, justamente por ser um instrumento bem diferente dentro da cultura jazz e gerar essa curiosidade era o propósito do festival. A sanfona representa os vários ritmos interioranos do Brasil. Somos músicos do interior que apesar de vivermos há anos nos grandes centros, mantemos a tradição", disse Toninho Ferragutti.
"Para esse show preparamos muito frevo, choro e samba, ritmos nacionais que o público facilmente se identifica. Brasileiro gosta da própria cultura e sempre tem boa receptividade com esse trabalho", afirmou Bebê Kramer.
A dupla levou ao palco uma série de convidados que de acordo com eles, deu um "colorido" a mais no som. "Nossos convidados são de origem interiorana também, assim como nós, e isso gera muita identificação, dá uma cor a mais no trabalho. Jazz não é feito somente com os instrumentos tradicionais. O ritmo quer dizer improviso e é isso que fazemos", afirmou Ferragutti.
Ao saber da lotação máxima da casa e da curiosidade dos espectadores em conhecer o trabalho de seu instrumento no jazz, Ferragutti afirmou felicidade e confiança na nova geração de apreciadores de música instrumental: "Esse festival é uma contribuição muito grande para a difusão de música instrumental no Brasil. O jovem tem gostado mais dessa música, apesar do mercado ainda precisar galgar muito e desenvolver mais espaço para esse estilo que a cada dia têm mais admiradores. As pessoas estão acostumadas a ouvir música sempre com um cantor, mas acredito que isso vá mudando aos poucos. São festivais como este que aproximam a nova geração da música e dão uma oportunidade de se conhecer e explorar novos sons", disse Ferragutti.
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