Famosas apostam no Tight Lacing para ficar com a cintura fina

Pitty em ensaio estilo "pin up", homenagem a Bettie Page

Toda mulher deseja ter uma "cinturinha de pilão" e para chegar a esse fim, a prática do uso de corpetes, o Tight Lancing, ou em tradução literal, "Laço Apertado", vem ganhando espaço principalmente entre as famosas que não querem recorrer à lipoesculturas ou intervenções mais sérias, como a remoção de costelas.

Confira fotos de famosas usando corpetes

Usado desde a Antiguidade e Idade Média para dar curvas e acentuar a beleza feminina, o TL é polêmico, pois pode ocasionar problemas de saúde (o uso de espartilhos ou acessórios apertados comprimindo as costelas flutuantes gera pressão sobre os órgãos e, em caso extremos, pode ocasionar doenças e deformações), além de dividir opiniões, principalmente entre as suas praticantes, que o defendem e alegam resultados imediatos, já o simples ato de colocar o corpete já diminui cerca de 2 cm de cintura.

A representante mais célebre da prática foi a atriz Marilyn Monroe que, estando ou não de corpete, sempre exibia suas curvas exuberantes com roupas que valorizavam a região bem definida. Inspirada na época de glamour hollywoodiana que a atriz viveu, a performista Dita Von Teese também virou adepta da prática, sendo hoje a mais célebre praticante.

Aqui no Brasil, a última famosa a aderir foi a escritora e apresentadora Fernanda Young, que há cerca de um ano modela sua cintura com peças produzidas por Madame Sher, designer considerada pioneira na confecção, prática e divulgação no País.

Além de Young, a cantora Ivete Sangalo também tem usado peças de Sher, que desenvolve modelos usados em filmes, novelas e ensaios fotográficos (neste ano, a estilista colaborou na criação das coleções de Priscilla Darolt e Cavalera, apresentadas no SPFW). E é justamente em ensaios que atrizes, cantoras e modelos mostram sua simpatia pela prática e suas cinturas modeladas. Gisele Bundchen, Ana Hickmann, Pitty, Luciana Gimenez e Juliana Paes são algusn dos nomes que a cada dia engrossam a lista de celebridades que recorrem ao TL para ficarem mais bonitas.

"Toda vez que uma celebridade aparece usando um corpete há um aumento na procura pelas peças e pelo Tight Lancing. As clientes sempre trazem fotos como referência e se inspiram muito nas famosas", diz Juliana Macente, designer de corpetes e dona da marca Black Rose. Praticante há 4 anos do TL, Juliana afirma ter perdido 25 cm de cintura e recomenda para outras mulheres que desejam ter o corpo escultural. "Apesar de todos os riscos envolvidos recomendo, pois nunca tive problema algum de saúde. Mas de qualquer forma, aconselho que se busque o máximo de informações antes de começar a prática, pois ela exige disciplina e há restrições", afirma.

Mudança de comportamento

Considerado por muitas mulheres como símbolo da opressão feminina, já que estabelecia um padrão de beleza, o corpete perdeu espaço no guarda-roupa quando o estilista Paul Poiret revolucionou o desenho da silhueta feminina, trazendo a cintura mais para baixo com modelos soltos e retos, inutilizando o uso da peça. Os anos se passaram e o modelo ficou quase esquecido, sendo usado novamente nos anos 1950 pelas musas pin ups. Nas décadas seguintes, o modelo ficou em desuso até que com a explosão do fetichismo e erotismo nos anos 70 e 80 ele voltou a figurar, mesmo que de forma tímida, o vesturário feminino.

Hoje, com as tendências de moda voltadas para releituras de décadas passadas, a inovação tecnológica nos materiais usados na confeccção que tornam as peças mais flexíveis, além do charme que a peça embute (seja pela postura ou pelos modelos que carregam borbados, rendas e pedrarias), o corpete parece ter conquistado novamente o seu espaço.

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